sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Breve histórico

A experiência com oficinas de sexualidade começou junto com o pessoal da Moradia e Cidadania. No ano de 2003 foi montado um comitê de várias Ongs, Prefeitura de porto Alegre mais o Fome Zero para tratar dessa questão com o enfoque na educação. Nessa época eu trabalhava na Ong Brasil sem Grades que me permitiu avançar nessa questão da transformação pela educação. Partimos para algumas experiências de oficinas em comunidades onde a incidência de gravidez indesejada era grande. No começo trabalhávamos juntos uma enfermeira do SERPLAN, mais uma educadora da SMED, o pessoal da Caixa e eu, fazendo às vezes de facilitador, arrumando as salas, servindo a água, etc. Mas como invariavelmente a presença feminina era preponderante, achamos que ia ser bom se na hora de falar do uso da camisinha isso fosse feito por um homem. Comecei a falar do assunto e sempre fui bem recebido e muito incentivado pelos colegas. Esse foi o começo.

Depois, a cada ano, mudávamos um pouco a equipe, o enfoque, aprendíamos mais sobre como abordar esse assunto até que houve a oportunidade de trabalhar com um pessoal do posto de Saúde do Hospital Moinhos de Vento no Morro da Cruz, um projeto tocado pelos estagiários que trabalhavam com as turmas de adolescentes da Escola Municipal do local. Mais aprendizado e o achado de uma vocação. Pode parecer exagero da minha parte, mas me senti muito identificado com os meninos e meninas, aquele sentimento de que havia achado uma forma de revolucionar o pensamento. Foram dois anos direto, mais uma participação no projeto Escola Aberta da Prefeitura de POA.

Mas é dureza ser voluntário no Brasil, aliás, esse tipo de trabalho exige cada vez mais uma reflexão em nosso país. Passei um tempo longe do Comitê e me desliguei do projeto no Morro. Mas não perdi nem o interesse nem o contato com as pessoas. Daí é que surgiu a chance de trabalhar na antiga Vila dos Papeleiros, agora Sta. Terezinha. O trabalho vai ser tocado por mim e Gastón, facilitador de Bio Danza, meio bruxo uruguaio e baita ser humano e a Renata Gusmão, que fez parte do Comitê no seu começo. Estão colados na postagem alguns dos nossos projetos aprovados:

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